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terça-feira, 30 de junho de 2020

A gripezinha do presidente.

        


 A pandemia de corona vírus no Brasil chegou a números absurdos de pessoas infectadas e óbitos em virtude da negação da realidade por parte do atual presidente da república Jair Bolsonaro, e uma sequência de descontinuidades de ações do ministério da Saúde em virtude das substituições de Ministros e a falta de atuação da estrutura do governo federal logo no iniciou das primeiras notícias sobre o vírus pelo mundo.

No final de 2019 chegaram as primeiras informações sobre o corona vírus, mas apenas em fevereiro de 2020 o governo federal tomou as primeiras iniciativas em virtude da pressão da opinião pública,realizando o repatriamento dos brasileiros residentes em Wuhan.

O primeiro caso de corona vírus no Brasil apareceu em 26 de fevereiro de 2020,tendo já no dia 27 de fevereiro 132 casos suspeitos, e apenas em 13 de março o governo federal veio regulamentar os critérios de isolamento e quarentena,mas sem qualquer iniciativa do governo federal para decretação do isolamento social mesmo com a confirmação da transmissão comunitária que já estava ocorrendo no território nacional no estado de São Paulo.

Em 17 de março foi notificada a primeira morte no Brasil, tendo naquele momento 291 casos confirmados e 8.819 casos suspeitos, tendo o governo do estado do Rio de Janeiro neste mesmo período decretada situação de emergência, e dois dias depois o vírus já estava em 20 estados e no Distrito Federal, com o total de 533 casos confirmados e 11.278 casos suspeitos, tendo o ministério da Saúde apenas reconhecido a transmissão comunitária do vírus no Brasil no dia 20 de março.

Nesse período o presidente fez vários pronunciamentos e comentários públicos criticando o isolamento social e incentivando a população a sair as ruas em manifestações contra os governadores e prefeitos que decretaram o isolamento social e o fechamento de empresas e órgãos públicos, em um momento que a comunidade internacional e a OMS já alertava sobre a necessidade do isolamento social e a seriedade do problema, e mesmo com a publicação do estudo do Imperial College de Londres no qual estimava o Brasil sem o isolamento social poderia chegar a 1.150,000 mortes, o presidente não tomou as medidas necessárias.

Após um mês da primeira morte no Brasil, em 16 de abril foi atingido o número de 1.952 mortos por corona vírus, e até esse momento o presidente da república apenas tinha feito forte propaganda contra o isolamento social, autorizado por decreto que empresas pudessem suspender os salários de funcionários por quatro meses, tendo revogado esse trecho depois de pressão da opinião pública.

Entre entradas e saídas de dois Ministros da Saúde, propaganda contra o isolamento social e falta de ação do governo federal e apoio aos estados e município para um trabalho coordenado para combater o vírus, chegamos a 25 de junho confirmando 1.141 mortes em 24 horas e atingido o terrível número de 54.971 mortes no Brasil.
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