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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

EMPREGO E TECNOLOGIA



Antes da revolução industrial ocorrida na Inglaterra a partir do seculo XVIII, as pessoas se organizavam em pequenos agrupamentos rurais próximo a pequenas cidades ,produzindo suas necessidades de consumo e produtos básicos de forma artesanais, e com a revolução industrial e a pressão de grandes produtores rurais e grandes capitalistas,os artesões foram perdendo espaço para os produtos industrializados, e assim motivando o crescimento das cidades e criando o êxodo rural, gerando uma nova sociedade de consumo.
Na atualidade já estamos no processo de uma nova revolução industrial e tecnológica a qual tem pontos positivos e negativos em virtude de ter países assim como o Brasil que não se prepararam para as mudanças do mercado de trabalho e consumo que se aproxima a cada dia em virtude das necessidades atuais de consumo e de novas formas de obter lucros com menas despesas e mais eficiência.
Assim como serviços como telefonistas para completar ligações e datilógrafos eram serviços essenciais e foram substituídos pela tecnologia, assim será com mais de trinta profissões em alguns anos, pois maquinas que dependem de operadores estão sendo aos poucos todas automatizadas,atendimentos aos clientes sendo substituídos por atendentes virtuais, monitoramento de serviços e produção em propriedades rurais sendo monitorados por menos técnicos no campo e a distancia,maquinas se tornando autônomas e equipamentos ficando mais compactos e econômicos e assim diminuindo a quantidade de pessoas em vários postos de trabalho.
Segundo o fórum econômico mundial , as revoluções industriais encerarão 7 milhões de vagas até 2021, afetando primeiramente as pessoas de meia idade , sendo essa faixa de idade a que mais vai crescer nós  próximos anos, e assim a tecnologia que é fundamental para o desenvolvimento, será a mesma que vai criar um abismo ainda maior de desigualdade, sete milhões de empregos serão extintos, 52% dos demitidos serão mulheres e 48% homens.
Esses dados ficam ainda mais preocupantes para os países em desenvolvimento que não estejam se preparando para as mudanças rápidas do mercado de trabalho em virtude da tecnologia, assim como o Brasil, o qual especialistas temem que não esteja o país preparado para essas mudanças nem a longo ou muito menos curto prazo, pois segundo Renato Meirelles,presidente do instituto locomotiva, "será um caos se nada for feito para preparar os idosos do futuro,o crescimento do país ficará ainda mais comprometido", segundo o instituto ,36% dos brasileiros com 50 anos ou mais , estão no mercado de trabalho, destes 64% são responsáveis por toda ou pela maior parte da renda das famílias, e atualmente o Brasil tem 54 milhões de pessoas na faixa de 50 anos , e que movimentam 1,6 trilhões por ano, e que até 2045, a estimativa é que a população brasileira com 50 anos ou mais salte para 93 milhões.
Agora se torna urgente a necessidade de mais investimentos em educação, para assim tentar diminuir o caos social que sera gerado pelo avanço da tecnologia que é tão necessária para o desenvolvimento de todo o mundo.

sábado, 2 de fevereiro de 2019

CUBA PARA O MUNDO





Cuba é o maior país das Antilhas, com mais de 11 milhões de habitantes, com sua economia baseada em seus recursos naturais, como níquel e cobalto, em 2004 já apresentava o sexto menor índice de pobreza entre os 102 países em desenvolvimento pesquisados pela Pnud/ONU, e tendo em 2016 ficado em 68º lugar no ranking do índice de desenvolvimento humano , em 0,775, com o maior gasto proporcional do PIB do mundo em educação, de 8.9%, ficando em segundo lugar Dinamarca , com 8,51%, e Suécia , com 7,66%.

Entre 1994 e 1999, a economia cubana cresceu em uma média anual de 3,3%, tendo em 2000 atingido 5,6%, e em 2006 teve o maior crescimento de sua historia  de 11,1%, e segundo dados da CEPAL(Comissão Econômica para a América Latina e Caribe), e da CIA, o PIB cubano pode ter chegado a 12,5%.

As empresas de biotecnologia em Cuba em 1994, já representavam 400 milhões de dólares em exportações de produtos biotecnológicos, tendo sua produção de vacina contra hepatite B sendo vendida a mais de 30 países, tendo em 2014 as industrias locais de biotecnologia já detendo 1,2 mil patentes internacionais, e comercializando produtos farmacêuticos e vacinas em mais de 50 países, tendo nesse período o governo iniciado a ampliação de parcerias em investimentos com empresas internacionais, tendo uma recessão em 2016 , após duas décadas de desenvolvimento.

Cuba tem dados impressionantes , como o acesso a água tratada de 91% da população, esgoto tratado para 98% e uma mortalidade infantil de 6,4/1000 nascidos vivos( no Brasil são 27,62/1000), tendo seu PIB atingido em 2017 US$ 81,56 bilhões de dólares, com PIB per capita de US$ 12,500 miil dólares, com 4,75 milhões de trabalhadores ativos, com uma taxa de desemprego de 2,2% , inflação de 4,8% no ano de 2017( no Brasil no 4º trimestre de 2017 o desemprego era de 11,8%).

Atualmente o governo cubano oferece ao investido a Zona de Desenvolvimento Especial de Mariel, na qual foi investido mais de 300 milhões de dólares por ano na implantação de toda infra-estrututa, com terminal de container com capacidade para 822 mil TEUs, porto de águas profundas, estradas interligado a todo território nacional, uma linha férrea dupla para transporte de passageiros e cargas interligada a rede ferroviária nacional,conexão de fibra ótica e internet banda larga, 46.784 metros quadrados de armazéns cobertos, 30.000 metros quadrados de armazéns abertos, 8.500 metros cúbicos de armazéns frigoríficos, e um centro comercial com escritórios,cafeteria e restaurante, já tendo 43 empresas implantadas, investimentos de 19 países e 11 multinacionais, sendo tudo isso acompanhado de incetivos fiscais ( imposto 0%).






Tendo a Zona Especial de Mariel , se tornado uma das melhores zonas econômicas globais, reconhecida em 2017 com o premio da revista fDi do Financial Times, na categoria de melhor zona de investimentos, tornando assim Cuba de portas abertas para o mundo globalizado.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Brumadinho; quem vai pagar a conta?



A mineração no Brasil , desde as expedições dos bandeirantes no período colonia até os dias atuais , tendo sido a custa da exploração a baixo custo, altos lucros e menas responsabilidades sócio-ambientais, tendo no período colonial iniciado através do trabalho escravo e o devastamento do meio ambiente, e nos dias atuais em alguns casos em situação análogas a escravidão, e em outros trabalhadores a baixo custo e em sua maioria terceirizados, e o maior custo e verdadeiro prejuízo ficando com as comunidades próximas a essas operações de mineração.

A empresa ,Vale estar entre as 15 maiores empresas na área de mineração, e entre essas existem outras que também são sócias da Vale e operam juntas bilhões em toneladas de minérios e investem bilhões de dólares em suas operações, tanto que em 2017 uma unica empresa investiu em operações de mineração em Goias  R$ 2,3 bilhões de reais, como também um ano antes, em 2016, a Vale teve um lucro liquido de R$ 17 ,45 bilhões , e um crescimento de 143,6%, distribuindo no mesmo ano com seus acionistas R$ 5,52 bilhões de reais, tendo operado uma extração recorde de 348,8 milhões de toneladas de ferro no mesmo ano.

Esse alto lucro graças a exportação de 90% da produção, sendo 50% comprada pela China, com a vantagem comercial garantida a Vale em vários estados onde opera, como também mão de obra barata e terceirizada em sua maioria, e com baixos custos em investimentos sócios ambientais, tendo em vista o lucro obtido e o tamanho das áreas exploradas e a quantidade de rejeitos muito maiores que a produção de minérios, acabando o custo e saldo negativo ficando para as comunidades.
Um exemplo forte foi o rompimento da barragem da Samarco em Mariana, a qual contaminou 700 km do Rio Doce,desalojou 300 famílias, e deixou 19 mortos, em 05 de novembro de 2015.

Também foram atingidas 1 milhão de pessoas , tendo 39,2 milhões de metros cubicos de rejeitos de minérios que percorreram os Rios Gualaxao do norte,carmo e Doce, e chegou ao oceano atlântico,afetando diversas comunidades, contaminando a água ,tirando o trabalho dos pescadores, matando animais e plantas.

TACs(Termos de ajuste de condutas) foram assinados pela Samarco e seus maiores acionistas , que são a Vale e a BHP, foi também criada a Fundação Renova, mas segundo o Ministério Público as coisas de fato não tem avançado e muita coisa continua sem solução.

A Vale foi privatizada com a suposta intenção de ajudar no desenvolvimento nacional, gerar lucros para seus acionistas, e na verdade lucro tem tido, mas para o país estar socializando os prejuízos irreparáveis com a sociedade brasileira, e deixando várias perguntas desses dessastes sem respostas, 
Dados preliminares do Fundo Mundial para a Natureza( WWF-Brasil) sobre o impacto ambiental do rompimento da barragem de Brumadinho, apresenta os prejuízos permanentes causados as florestas e as comunidades atingidas e sobre a necessidade de um estudo mais aprofundado para poder identificar todas as responsabilidades e o prejuízo real gerado.

Assim podemos concluir que a procura de altas margens de lucro- um critério basico do capitalismo-esse comportamento corporativo, com redução de custos a qualquer preço e procura de formas alternativas para tratar os rejeitos gerados e demais impactos ao meio ambiente, acabou resultando nos dois acidentes e deixando uma alta conta para a sociedade brasileira a qual será de fato o verdadeiro pagador deste saldo negativo.

domingo, 27 de janeiro de 2019

Globalização digital



Como todo inicio de novo ano ,existem as especulações sobre a possibilidade do aumento ou diminuição de investimentos, taxas básicas de juros , questões climaticas e ambientais, e tantas outras variáveis possíveis que influenciam direta ou indiretamente a economia mundial; em 2019 não é diferente, principalmente neste momento da economia não ser apenas globalizada, mas também agora si tornou uma globalização digital, a qual em segundos um fato em qualquer lugar do planeta pode influência na decisão de empesas por todo o mundo e até causar crises em mercados econômicos.
Fatores como mudanças climáticas,esgotamento de recursos naturais e a diminuição da biodiversidade, estão influenciando o mercado mundial , fazendo grandes negócios deixarem de existir e o surgimento de novas formas de investimentos, e até criando crises politicas e gerando a possibilidade de guerras para a sobrevivência de nações.

Assim instituições mundiais como a ONU,FMI ,Banco Mundial , Brics e mercados regionais como Mercosul e outros , são importantes para o equilíbrio e unidade das nações para de forma cooperativa superar os efeitos da economia mundial em cada mercado ; e assim de forma integrada apresentar formas e caminhos a serem tomados por todos os países.
Um desses referenciais são dados fornecidos pelo FMI e informações coletadas pela ONU que ajudam a definir várias politicas de atuação dos governos , como por exemplo a previsão de crescimento econômico , IDH e GINI.

Um exemplo disso é a previsão do FMI para diminuição de crescimento da economia mundial entre 2019 a 2020, tendo uma queda 0,2% em 2019, ficando em 3,5%, e queda de 0,1% em 2020, ficando em 3,6% a previsão, sendo que para o Brasil a previsão para 2019 é de uma expansão da economia em 2,5%, tendo um aumento de 0,1% em relação a outubro de 2018, mas tendo uma diminuição nas projeções para 2020 de 0,1%, ficando 2,2% ,abaixo do esperado pelos analistas , tendo nesses dados a influência das tenções comerciais na Europa, e ao mesmo tempo demostra um crescimento da China em 6,2% tanto para 2019 e 2020.

Uma demostração das influências externas na economia é o descredenciamento de frigoríficos brasileiros pela Arabia Saudita, o qual é o maior importador de proteína de frango , o qual compra 14% da produção nacional, e assim vai influência no preço do frango no mercado nacional , como também nas vagas de emprego no período que durar o descredenciamento, mesmo o Brasil  ainda tendo o seu segundo maior importador de frango que é a China, o qual compra 11% da produção nacional.

Momentos econômicos como 2011 quando o Brasil chegou a ser a 6ª economia do mundo, superando a Grã-Bretanha, saindo de um IDH de 0,649 em 2002 para 0,755 em 2016, e um GINI  de 58,6 em 2002, para 52,9 em 2013, e tendo segundo a ONU uma queda na desigualdade de 54,2 para 45,9 em 2014, apenas poderão ser repetidos ou superado com o aumento da oferta de emprego , maior distribuição de renda, fortalecimento da economia nacional e o fortalecimento do real frente ao dólar, mantendo um cambio aceitável para o mercado.

Então tanto o crescimento mundial como o do Brasil nesse mundo globalizado digital, dependera  das superações das incertezas econômicas do mercado mundial,  ajuste da politica econômica dos países , e o equilíbrio das taxas de juros, no nosso caso aqui no Brasil em um cenário de uma taxa selic 6,5% estável durante 2019, poderia justificar um crescimento de 2,5% a 3%  da nossa economia.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Collor e o Plano Real




O Brasil em 1989, sofria com os efeitos de mais de 15 anos de problemas econômicos, causados pela hiperinflação, desemprego, sucateamento do aparato estatal, alta nos gastos públicos e falta de capacidade de competição da industria nacional no mercado internacional, tanto que a inflação acumulada no final de 1989 foi de mais de 1.764%( mil setessentos e sessenta e quatro por cento), e a palavra de ordem era especulação financeira .

Não existia tecnologia de ponta na industria nacional na produção de produtos duráveis e em outras áreas, como também na produção de veículos , apenas três empresas controlavam o mercado brasileiro( Autolatina, que era uma união da Wolkswagen e Ford, com 55% do mercado, seguida por GM 28% e Fiat 10%,) sendo isso em virtude de uma proibição para importação de veículos desde 1976, e as altas taxas de importação dificultava a entrada de outros produtos e tecnologias no país.

Tudo isso atrapalhava o desenvolvimento econômico, tecnológico e os avanços nas ralações internacionais e parcerias comerciais em virtude do Brasil estar fechado para o mundo desenvolvido, pois inexistia a exportação de bens industrializados, pois o Brasil não permitia a importação de vários produtos, e assim os outros países não importavam também do Brasil.

Em 1990 , assumia a presidência da república, Fernando Collor, ex-governador de Alagoas, com uma proposta de liberdade econômica e minima intervenção do estado na economia, e redução dos gastos com a maquina pública, com um programa de privatizações de estatais e crescimento da industria nacional, como na melhoria da qualidade de vida e da renda da população, e com foco na educação com o primeiro projeto de escola em tempo integral, os conhecidos CAICS.

O governo de Collor, iniciou com o retorno do cruzeiro como moeda nacional, em substituição ao cruzado,com ações de impacto como a redução da maquina pública, com a extinção ou fusão de ministérios, assim diminuindo as despesas e gerando possibilidade para investimentos em várias áreas como educação e saúde, mas mesmo assim a inflação ainda assombrava o país, pois estimulava a especulação financeira, e assim se tornava necessário a diminuição do volume de moeda circulante para poder conter a inflação e criar as condições para o desenvolvimento econômico e a estabilização da moeda, tendo então o presidente que tomar a decisão necessária, bloqueado depósitos e aplicações financeiras superiores a Cr$ 50.000,00 (Cinquenta mil cruzeiros), e estabelecendo um limite para saques, tendo essa proposta sido aprovada pelo congresso.

A hiperinflação, era um problema fora de controle a mais de 15 anos, e vários governos já tinham tentado resolver sem ter sucesso, tanto que em um artigo acadêmico, carlos Eduardo Carvalho, professor do Departamento de economia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, e coordenador do Programa de governo da candidatura do PT a presidência da República em 1989, falou que "o confisco já era um tema em debate entre os candidatos a eleição presidencial".

Era uma realidade que o rémedio para o problema seria uma solução amarga, mas que alguém teria que ter coragem para fazer o que era necessário para colocar o país no caminho do desenvolvimento, e isso apenas seria possível com o controle da hiperinflação.

No dia 09 de maio de 1990, o então presidente Fernando Collor, autorizou a importação de automóveis, a qual estava proibida desde 1976, e posteriormente iniciou a redução da alíquota de importação que era de 85% , e foi reduzindo e criando as condições as quais possibilitaram a abertura de mercado para marcas como Honda Civic, Toyota Corrolla e os compactos Peugeot 205, criando condições para  que em 1993 a alíquota fosse  35%, como também eliminou vários protocolos existentes para importações de tecnologias abrindo o Brasil para o mundo desenvolvido.

O combate a especulação financeira foi feito com a criação do fundo de aplicações financeiras administrado pelos bancos e demais instituições financeiras, também com a criação da TR( Taxa referencial de juros)utilizada até hoje para os títulos públicos, financiamentos e empréstimos a longo prazo para investimentos industriais.

Os mecanismos utilizados pelo governo Collor, aliados ao retorno da negociação da divida externa, permitiram o aumento da entrada de recursos externos ao Brasil, preparando o país, mais para frente, para a aplicação do plano real, pois o governo de Fernando Collor, teve papel importante em preparar as condições para que o plano real desse certo.

Em entrevista ao site G1 da Globo, em 29/09/2012, o economista Belluzo, professor da Unicamp, falou que os planos Collor I e II, foi um "mal necessário", pois serviram para conter a hiperinflação e com o inicio das privatizações, redução das taxas de importações, assim criando o caminho para competitividade da industria nacional e a estabilização da economia nos demais governos.

No governo Collor, foi facilitada a entrada de mercadorias, com a redução de impostos sobre produtos importados,foi criado o codigo do consumidor e assinado o tratado de Assunção, que criou o Mercosul,e garantido aos aposentados pelo funrural uma aposentadoria de um salario minimo atravês do INSS, e de uma inflação anual de 1754% em 1990 para 472% no final de 1991 .

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Dinheiro e falsas promessas


O município de Rio Largo, tem passado por um tratamento de choque desde 2009, sendo que esse tratamento tem sido infelizmente para piorar  cada vez mais a situação da cidade. Escândalos de corrupção, violência, com um requinte de conivência , tendo consequências severas para a população.
São anos os funcionários públicos sofrendo em relação as condições de trabalho e reajustes salarias que não correspondem as perspectivas , e os cidadãos sem ter o devido acesso aos serviços públicos com qualidade, como também o enfraquecimento do comercio local em virtude da corrupção que se implantou em Rio Largo.

Em 08 meses do governo do atual prefeito de Rio Largo, o município já recebeu R$ 51.423.279,82( Cinquenta e um milhões quatrocentos e vinte e três mil duzentos e setenta e nove reais e oitenta e dois centavos) em recursos federais, sem contar os recursos proveniente de emendas parlamentares, arrecadação própria ( IPTU,ITBI,ISS E ALVARÁS), repasse do governo estadual referente ao ICMS e 50% referente aos valores de pagamentos de licenciamento de veículos , os quais são parte substancial da receita, pois segundo o site da transparência municipal a receita total   até o inicio de setembro foi de R$ 92.082.299,29 ( Noventa e dois milhões oitenta e dois mil duzentos e noventa e nove reais e vinte e nove centavos ), mas mesmo assim a cidade continua sem avanços significativos.

A atuação do atual prefeito de Rio Largo, é totalmente diferente das suas propostas de campanha, pois orçamento participativo e transparência se transformaram em atrasos em prestações de contas e sonegação de informações; Aumento de salario de forma justa se torno em luta judicial travada pelo próprio prefeito contra os servidores;Apoio aos conselhos se tornou em falta de estrutura e dialogo e falta de transparência; Melhor qualidade na merenda escolar se tornou desorganização, falta e perda de produtos;Transporte escolar de qualidade se torno em transporte caro, sem qualidade, veículos irregulares, alto custo e resultando em um triste acidente, e assim por diante.

O comercio e a população em geral sofre com as perseguições politicas, cobranças absurdas e ilegais de IPTU e ITBI, de um governo baseado em decretos e conivência de boa parte da câmara de vereadores, os quais juntos estão causando desemprego na cidade, em virtude de várias empresas na construção civil e várias outras de ramos diferentes sofrerem cobranças ilegais e diversas formas de perseguição.

A Cidade sofre com as falsas promessas e a falta de compromisso também dos vereadores com toda a população.

domingo, 20 de agosto de 2017

Ideologia ou interesse econômico



Entre o período de 1947 a 1991, existiu a chamada guerra fria, o capitalismo x socialismo, tendo o capitalismo como maior expoente os Estados Unidos, e o socialismo a URSS, os quais durante este período travaram disputas econômicas e ideológicas , tendo os Estados Unidos do seu lado os países que defendiam a propriedade privada e a lei da oferta e procura, e do outro lado a URSS que defendia uma economia focada no bem da coletividade, sem o individualismo econômico do capitalismo; sendo na verdade um conflito politico, militar, tecnológico, econômico, social e ideológico.

Mas esses interesses ,tem sido contraditórios durantes os anos, tendo em vista que uma das posições defendidas pelo maior expoente do capitalismo no mundo, os Estados Unidos, ou seja a privatização das empresas estatais, que tem sido defendido pelos Estados Unidos, como também o combate ao socialismo, tendo como referencia o bloqueio econômico a Cuba, tem sido como o velho ditado: "faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço".

Os estados Unidos que hoje conhecemos, foi formado  através do trabalho escravo, e de uma forte intervenção do estado na economia , através de investimentos em áreas estratégicas , as quais até hoje ainda são controladas pelo poder estatal americano, como a AMTRAK, companhia de trens , fundada em 1071, dona de 34.200 km de vias férreas, a qual opera 300 três , atende a mais de 500 destinos em 46 estados, com mais de 20.000 funcionários e atende também o Canadá , atendendo metrópoles como Montreal, Toronto e Vancouver; tendo desde sua fundação até hoje acumulado um prejuízo de US$ 29 bilhões, e continua a ser deficitária, e recebe anualmente US$ 1 bilhão para se manter funcionando, e em vez de privatizar, como eles aconselham e praticamente forçam os demais países , em 2016 a AMTRAK fechou um contrato histórico com a empresa Francesa Alstom, no valor de US$ 2 bilhões para compra de trens de alta velocidade.

Também nos Estados Unidos existe o Export-importe Bank of the United States, o qual é um banco que tem por objetivo subsidiar exportações NORTE-AMERICANAS, e financiar créditos especiais para pequenas e médias empresas; e para financiar a agricultura o Farm Credit System, um banco exclusivo para dar subsidio a agricultura , o qual tem uma linha de credito de US$ 191 Bilhões por ano.

No ramo da energia elétrica nos EUA , uma das maiores geradoras e distribuidoras é uma estatal americana , a Tennessee Valley Authority, que somada as demais estatais espaladas pelo país, chega o governo americano a produzir e distribuir mais que o maior grupo privado no país, e fornecendo energia a baixo custo.

Mas são contrários a existência do BNDES e do BNB e do controle do governo Brasileiro na geração de energia e exploração de petróleo.

Em um relatório do Departamento de Estado dos EUA, sobre a situação dos direitos humanos no mundo , consta no primeiro paragrafo das seções sobre CUBA e CHINA:

" CUBA é um estado autoritário no qual o partido comunista (PC) é constitucionalmente o único partido legal é a " força superior de liderança da sociedade e do estado".

Bem, a Republica  do Povo da China , é um estado autoritário no qual o Partido Comunista Chinês(PCC) é constitucionalmente a autoridade suprema. CUBA liderada por Raul Castro, primeiro secretário do PC e comandante chefe das forças de segurança. Na China , Xi Jinping é o secretário geral do PCC e presidente da Comissão Militar ."

Mesmo com essas familiaridades entre os governos cubano e chinês, o governo dos EUA tem um tratamento diferenciado com a China, sendo seu maior parceiro comercial, e desde 2013 era o maior credor dos Estados Unidos, isso mesmo, 40% dos títulos da divida americana até o inicio de 2017 estavam nas mãos do governo comunista da China, representando mais de US$ 1,44 Trilhões , ou mais de US$ 1.000 dólares por cada cidadão chinês, tendo no iniciou de 2017 em virtude da eleição de Trump a China ter perdido o posto de maior credor , pois iniciou a venda dos títulos preocupados com o protecionismo de Trump e a possível desvalorização dos títulos.

Hoje a China comunista /socialista é a segunda maior economia do mundo, com PIB de mais de US$ 11.288,28 Bilhões de dólares, estado o Brasil/capitalista em 9ª com 1.798,22 Bilhões , segundo dados do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais( fung.gov.br).

Um relatório da PWC indica baseado nas projeções de crescimento do produto interno bruto de cada país, e considerando a Paridade de Poder de Compra (PPC), que até 2050, a China será a maior economia do mundo , com US$ 58.499 Trilhões, tendo a India em segundo, os Estados Unidos em terceiro, e o Brasil em quinto lugar com US$ 7.540 Trilhões.

Cuba, como o próprio relatório americano descrever, tem a mesma forma de governo e organização politica e ideológica que a China, a qual o governo americano não impõe nem um embargo, mas a Cuba desde 7 de fevereiro de 1962, sofre um bloqueio econômico, o qual prejudica o desenvolvimento do país socialista, em virtude da intervenção americana, mais mesmo assim tem desenvolvido nas áreas da educação e saúde.

Na verdade não existe luta ideológica , mais sim combate dos países capitalistas contra pequenas economias que defendam uma economia mais focada no bem estar da coletividade, os quais são boicotados para se poder manter a grande mentira que apenas o modelo capitalista e do capital privado é a melhor forma, a qual os EUA não aplica plenamente, mas quer poder comprar as estatais dos países através de suas corporações privadas financiadas com dinheiro público americano.