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sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Bancos Comunitarios no Mundo.

 Moedas Sociais e a Inclusão Bancaria no Brasil.

Moeda emitida pelo Banco Palmas em Fortaleza-CE

Quando se fala em inclusão social , as pessoas pensão em oportunidade de empregos ,moradia e acesso aos serviços públicos com qualidade,mas a inclusão social é muito mais ampla que isso,pois na grande gama da exclusão ainda existe a exclusão bancaria, isso mesmo, pessoas que não tem acesso a serviços bancários, as quais em virtude de subempregos e pequenas rendas realiza seu consumo em moeda física.

Mesmo o Brasil liderando a taxa de bancarização na América latina, ainda temos 45 milhões de pessoas que não tem conta bancaria ou qualquer outro serviço como por exemplo cartão de credito,mas mesmo assim essa massa de excluídos bancários movimenta anualmente R$ 817 bilhões por ano, e segundo levantamento do Banco Mundial 30% da população com mais de 15 anos não tem conta bancaria,62% vivem fora das regiões metropolitanas, e se estima que no mundo todo existem 1,7 bilhão de pessoas fora do sistema bancário.

A historia da economia no mundo é marcada pela evolução das moedas e das formas de pagamento, a qual para ser realizada já foi usado produtos,minérios até chegar nas atuais forma de pagamento,mas sempre avalizadas pela figura estatal,ou seja o estado.

Um grande movimento em diversas comunidades pelo mundo pela criação de alternativas para a inclusão econômica ,deu origem aos bancos comunitários e a criação de moedas sociais, as quais no brasil são mais de 100 emitidas por bancos comunitários , e por várias outras organizações pelo mundo em países como Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha.


Bancos Comunitários ,são associações sem fins lucrativos, com a finalidade de gerar renda,emprego, fortalecimento da economia local e a inclusão bancaria ,tendo como base a solidariedade e o acesso ao micro credito a titulo de confiança sem a burocracia do sistema oficial.

As moedas sócias são lastreadas pelo Real, ou seja, uma unidade de moeda social tem o mesmo valor que um Real, e é utilizada unicamente na localidade para onde foi criada para o fortalecimento da economia local e dar acesso a serviços bancários.

O primeiro Banco Comunitário do Brasil foi o Banco Palmas, fundando em 1998 pela Associação de Moradores do Conjunto Palmeiras em Fortaleza no Ceará para o fortalecimento da economia do bairro,o qual em 1998 tinha 90% da sua população com renda familiar a baixo de dois salários mínimos, e o banco chegou para dar oportunidade de credito a população e estimular a circulação do dinheiro dentro do bairro através da moeda social Palmas.


Entre 2015 e 2018 as transações realizadas com moedas sociais,somaram mais de R$ 42 milhões de reais, e os bancos comunitários continuam a crescer e a se tornar não apenas uma realidade no Brasil, mais também em países como Nova Zelândia,Reino Unido,França,Estados Unidos e Alemanha.

Mas como já foi demostrado aqui ainda existe um vasto numero de pessoas a serem atendidos e os governos e instituições bancarias privadas e públicas devem desenvolver meios de facilitar cada vez mais a inclusão bancaria pelo mundo.

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